domingo, 15 de março de 2009

Neste simples trabalho, o poeta revela toda a grandeza do Sertão e lamenta, que muitas vezes, a nossa terra não recebe o tratamento merecido.

Meu Sertão

Meu sertão das cantorias
Das festas de vaquejada
Do batente, da corriola
E brincadeiras na latada.

Sertão das noites escuras
Que dá medo de falar
Do folclore e das “estórias”
Que a gente ver contar.

...Das noites de lua cheia
Dos passeios, do fuxico
das novenas animadas
E do cantar do tico-tico.

Sertão dos anos de seca
De sol quente, causticante
Das festas, pega de boi
E do caboclo confiante.

Sertão de gente esquecida,
Por políticos sem razão
Que só conhecem o povo
Na época de eleição.

Meu sertão das anedotas
Fofocas, superstições,
Muitos ditos populares,
Piadas, adivinhações.

Eita, sertão “veio” de guerra
Que por nós e tão querido
Mesmo com tanta peleja
Canseira, choro e gemido.

Ah! lugar abençoado
Que nos faz tanto sonhar
Pois, quem dele vai embora
Sempre pensa em voltar.
Tenho certeza, sertão,
Se tu fosses mais amado
Era o lugar melhor do mundo,
Um paraíso encantado...

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