domingo, 15 de março de 2009

O autor mostra uma preocupação com a memória do Frade Capuchinho Frei Damião e deixa transparecer um desejo de vê-lo beatificado.

Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião

Muitos partem desta lida
Pra outra realidade
E mesmo na eternidade
São lembrados nesta vida
E sei que sua partida
Só Deixou recordação
Pois não quero ingratidão
Registrada nos papéis
E nem quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Me lembro que o “Capuchinho”
Era na verdade, um santo
Que pregava em todo o canto
Com bondade e carinho
Nunca fugiu do caminho
Que segue um bom cristão
Não fazia distinção
Entre pobres, coronéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião

Que o nome do bom pastor
Não fique no esquecimento
E que haja sentimento
Despertando o seu valor
Pra quem pregou tanto amor
Merece esta alusão
Que nem uma ingratidão
Eu registre nos cordéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Ele foi um pioneiro
Com as sagradas missões
Nos deixou tantas lições
No papel de mensageiro
Pregava o dia inteiro
Sempre de terço na mão
Na hora da pregação
Condenava os bordéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Eu ainda era menino
Quando ouvi falar do Frei
Que defendia a lei
De Jesus Cristo, o Divino.
Através do seu ensino
Ouve muita conversão
Vi gente pedir perdão
Ajoelhado a seus pés
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Não ouço uma referência
Ao santo do Nordeste,
Nem sua luta inconteste
Por paz, justiça e decência
Ponham a mão na consciência
E façam uma petição
Para a beatificação
Catalogada em papéis
Não quero que os fiéis
Esqueçam Frei Damião.

Aurora-Ce, fevereiro de 2001.

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